Ó meu coração, torna para trás.
Onde vais a correr, desatinado?
Meus olhos incendiados que o pecado
Queimou – o sol! Volvei, noites de paz.
Vergam da neve os olmos dos caminhos.
A cinza arrefeceu sobre o brasido.
Noites da serra, o casebre transido...
Ó meus olhos, cismai como os velhinhos.
Extintas primaveras evocai-as:
- Já vai florir o pomar das macieiras.
Hemos de enfeitar os chapéus de maias. –
Sossegai, esfriai, olhos febris.
- E hemos de ir cantar nas derradeiras
Ladainhas... Doces vozes senis... –
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org/
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