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ARTE

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ANSEIO




trovões nascem das nuvens     não entendo o correio    não é de quem deveria ser     anos de anseio
inconformado debruço-me no molhe do cais
prateada a rebentação nos penhascos ameaçadores
pobres pescadores de amor lunar

pelas encostas do céu rolam lágrimas 
são de sangue as mal-afortunadas
mais salgadas que as dores marítimas a desovar suicidas

partiria contigo     para qualquer povoado indemne à fala
tudo seriam idas     sem volta

é tarde     fiz com que o fosse como se o tempo não passasse em arrebatada corredura por meus cabelos expostos ao vento da maré-viva setembrina
purpurina boca     lábios de cristal     dedos de sândalo
que não mais verei





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